26.11.10

músicas de vida

... ou que definem tudo aquilo que um dia direi
ou
quererei dizer aos meus filhos
e aos filhos dos meus amigos.


porque só e apenas entendo a música como a cinza poética dos dias que compõem as nossas vidas.
tantas destas músicas não são mais do que peças que marcaram a minha vida e hão-de continuar a marcar. têm o sabor eterno que só os amigos verdadeiros sabem oferecer. nas melhores e nas piores horas. da vida.





















life is too short

gato do dia

17.11.10

acordo ortográfico



Colocado por J. Mário Teixeira em 18 de Janeiro de 2010


A propósito do novo Acordo Ortográfico, e independentemente de se concordar ou não com o dito, atente-se para algumas mudanças e outras tantas continuidades.
Um “facto” irá continuar a ser um “facto”, tal como o “compacto”, o “convicto”, o “inepto” e o “rapto”. Porque as consoantes “c” e “p” quando pronunciadas, permanecem na palavra. Já quando são mudas, elas desaparecem, e por isso passamos a ter “ação”, “ato”, “batismo”, “adoção”, entre outros.
Quando o “p” desaparece”, porque não pronunciado, e atrás de si vinha um “m”, este passa a “n”, e, assim, teremos “perentório”. Uma vez saída a letra “p”, já não se aplica a famosa regra “antes de “p” ou “b”, escreve-se “m””, e assim lá vem o “n” em substituição.
Os acentos, nos ditongos “oi” ou “ei” da sílaba tónica das palavras graves, desaparecem. Pelo que a “jibóia” e o “intróito” mudam para “jiboia” e “introito”, e o “paranóico” fica como já era: “paranóico”.
Já os acentos agudos usados para distinguir palavras graves homógrafas, desaparecem, e por isso “pára” e “para”, pêlo” e “pelo” escrevem-se da mesma forma: “para” e “pelo”, respectivamente.
Outras coisas mudam, outras continuam.
Em conclusão: o facto é que o que é compacto, convicto ou inepto, não muda. E um rapto continua a ser rapto. Mas muda a acção ação, não importa o acto ato, seja ele baptismobatismo ou adopção adoção. Nisto a regra é peremptória perentória. E se a jibóia jiboia perde o acento, o intróito introito não fica melhor. Quem continua na mesma, e compreende-se, é mesmo o paranóico.
Pelos vistos, nada pára para esta mudança, nem para o bem nem para o mal, seja pelo que for, nem que nos erice o pêlo pelo todo.



vou tentar "abraçar" o conceito e mudar. acho que há muita gente que é "contra" o acordo ortográfico mas nem sequer sabem o que está em causa. são os mesmos que votam no Sócrates. ai a política...

não tenho uma opinião formalmente oposta a isto.



15.11.10

to build a home

There is a house built out of stone
Wooden floors, walls and window sills...
Tables and chairs worn by all of the dust..
This is a place where I don't feel alone
This is a place where I feel at home.......


Cause, I built a home
for you
for me

Until it disappeared
from me
from you

And now, it's time to leave and turn to dust........




já não se fazem músicas destas II



isto lembra-me uma discoteca muito velhinha. tão velhinha que já nem existe. lembra-me um tempo distante em que gostava de discotecas, em que gostava de ir a discotecas, um tempo em que havia espírito, disponibilidade e fígado para ir a estes locais. havia um ritual, havia uma expectativa, havia uma magia que por mais boa música, por mais boa companhia, e por mais espírito de querer sair que haja e tenha hoje em dia, nada iguala aquele tempo, o tempo em que tinha todo o tempo do mundo nas minhas mãos e todo um universo por agarrar.

esta música nem é assim tão boa e provavelmente hoje em dia oiço coisas melhores que isto, mas "isto" traz-me todo aquele tempo de volta. e faz-me sorrir.






«O ser humano é tão reservado, e essa intimidade é o mais espantoso que há em nós, ainda mais espantoso do que a racionalidade. Mas não nos é possível entrar simplesmente na caverna e dar uma espreitadela, sem mais nem menos. A maior parte das coisas que julgamos saber sobre a nossa mente não são mais do que pseudoconhecimento. É aterrador o modo como fingimos; somos especialistas em exagerar a importância do nosso valor. Segundo Estesícoro, os heróis de Tróia lutaram não por Helena, mas por um fantasma de Helena. Guerras vãs por ilusórios bens. Espero que no teu livro te detenhas o suficiente a refletir sobre a vaidade humana. As pessoas mentem tanto, até nós, os velhos. Mas, em certo sentido, isso não é importante, se for feito com arte, porque na arte há uma outra espécie de verdade. Proust é a nossa autoridade em matéria de aristocratas franceses. Quem é que quer saber como eles eram de facto? Que significado tem isso, de resto?»

O Mar, o Mar, de Iris Murdoch, tradução de José Miguel Silva, Relógio d'Água, Maio 2005, p. 185




gato do dia

13.11.10

katakiuchi (敵討ち)

::ode à minha senhoria::



a minha senhoria tem a mania que é esperta.
a minha senhoria é burra que nem um penedo, mal formada e muito arrogante.
a minha senhoria passa recibos de 400 e tal euros e recebe mais de 500.
a minha senhoria fez um contrato que "contorna" a lei e gaba-se disso.
a minha senhoria tem uma advogada que tirou o curso de direito o ano passado.
mas a minha senhoria enche a boca para dizer "tenho uma advogada".
a minha senhoria faz peixeiradas no local de trabalho.
eu e a minha senhoria somos colegas de trabalho.
a minha senhoria comprou uma casa nova do outro lado da rua.
a casa nova da minha senhoria é praticamente igual a esta.
a casa nova da minha senhoria está cheia de mobílias do ikea.
a casa nova da minha senhoria espelha a falta de alma da dona.
a minha senhoria é transmontana mas fala como as senhoras da avenida de roma em lisboa.
a minha senhoria tem a mania que é fina.
a minha senhoria tem um jipe.
a minha senhoria deixou de pagar o condomínio deste prédio.
a minha senhoria tem o nome numa lista negra cá no prédio.
a minha senhoria tem recebido correspondência da psp, do banco e das finanças nesta casa.
a minha senhoria perdeu a chave da caixa do correio desta casa.
a minha senhoria tem a varanda entupida e não fez uso do prazo de reclamação de 5 anos.
a minha senhoria foi casada com um gajo que tem uma casa de putas.
a minha senhoria dá explicações de português e não passa recibo.
a minha senhoria recebeu queixa anónima nas finanças por não passar recibo.
a minha senhoria já andou à pancadaria com outra colega de trabalho por causa dum gajo.
a minha senhoria tem 45 anos de idade.
a minha senhoria rapou o pêlo do seu gato persa por causa dos sofás novos.
o gato persa da minha senhoria vomitou-lhe o tapete porque estava atordoado da anestesia.
a minha senhoria tinha cortinados de organza estupidamente horrorosos na sala.
a minha senhoria deve achar que cortinados de organza é o último grito da moda em cortinados.
a minha senhoria deixou-me a pia do lavatório da cozinha entupido.
a minha senhoria duvidou que a conta do canalizador tivesse sido de 100 euros.
a minha senhoria duvidou que a caldeira se tivesse avariado e que a conta fosse de 130 euros.
a minha senhoria pagou metade dos 130 euros.
a minha senhoria recebeu uma carta de denúncia de contrato em agosto.
a minha senhoria vai deixar de ser minha senhoria daqui a 15 dias

e eu não podia estar mais feliz.


a minha senhoria vai ter más notícias em 2011.



beijos









gato do dia

songs of love and hate V





ou a inocência perdida.

fim da adolescência. coisas que pensamos que são para sempre. coisas que são mesmo para sempre. a amizade. o nascer do sol naquela ilha perdida. shots and beer. o bar toque. gargalhadas. geração de 70. as músicas que sobrevivem a todas as outras. esta.

devo ser a única

... que não sabe quem é o michael bublé. que não sabia!, sabia!, sim que fui investigar e...



... e ainda bem que durante tanto tempo não soube quem era o michael bublé.

12.11.10

the sky is the limit














Se eu quiser falar com deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

Se eu quiser falar com deus
Gilberto gil
1980



11.11.10

o senhor do adeus



Tudo isto é solidão? (perguntou-lhe a jornalista Ana Sofia Fonseca)

"Essa senhora é uma malvada, que me persegue por entre as paredes vazias da casa. Para lhe escapar, venho para aqui. Acenar é a minha forma de comunicar, de sentir gente."






vivi e trabalhei durante um ano em oeiras e ía muitas vezes a lisboa.
foi quando "conheci" o senhor do adeus, no saldanha.

havia qualquer coisa naquele acenar, completamente fora de tudo o que é lisboa, fora de tudo aquilo em que lisboa se está a tornar. igual a tudo o resto, igual a uma outra grande cidade qualquer, a perder a sua identidade, a sua autenticidade dentro daquilo que somos enquanto povo acolhedor.
o "senhor do adeus" era uma espécie de alma da cidade. algo que está a ficar "fora de moda" porque já ninguém se cumprimenta, já ninguém quer saber de ninguém.

a primeira vez que vi o "senhor do adeus" no saldanha estava triste, muito triste, ía a conduzir cidade fora, a fumar um cigarro na minha rotina de todos os tristes e amargurados dias daquele ano, talvez até estivesse mesmo a chorar e achei que àquela hora da noite, alguém a fazer-me adeus e a sorrir só podia querer dizer que as coisas iam correr bem, que havia esperança, que não valia a pena estar triste. aquelas coisas que se sentem num olhar, numa fracção de segundo, que passam num instante.

e sorri ao ver a figura que me acenava, que ficara para trás.
parecia coisa de filme, uma figura de outra dimensão, colocada com mestria na minha jornada e por via do destino, para me indicar a saída.

ele não sabe, porque nunca falámos e nunca lhe pude dizer, mas ele tinha razão.
as coisas melhoraram.

ainda hoje me lembro daquela noite, daquele primeiro momento.

o meu muito obrigada, "senhor do adeus". descanse em paz.



aqui, a homenagem.

gato do dia

10.11.10

songs of love and hate IV




Oh, how I love you
And in the evening, when we are sleeping
We are sleeping. Oh, we are sleeping

And so may, we make time
We try to find somebody else
Who has a line

Now season with health
Two lovers walk a lakeside mile
Try pleasing with stealth, rodeo
See what stands long ending fast




hoje ouvi isto na rádio antes de ir trabalhar. ouvi isto no regresso, depois de uma reunião. o dia todo com esta música na cabeça. chego a casa e preciso de ouvir mais uma vez. e mais outra, e mais outra. não me farto disto. os interpol vêm a portugal e eu não vou vê-los, mas não me importo. também não gosto muito de ir a concertos. "ahhh mentirosa!" diriam alguns, mas não, não gosto de concertos. por incrível que pareça. detesto concertos em que tenho de estar de pé. gosto de concertos em que posso estar sentada, em teatros, aulas magnas, por aí e mesmo assim, não gosto, por mais que goste da banda. lembro-me de alguns concertos em que adormeci.

se tivesse de escolher uma música para o ano de 2006, seria esta a música. e por várias razões, tenho quase a certeza que não adormeceria no concerto dos interpol.

gato do dia

9.11.10

detesto

gente pretensiosa que põe nos blogs coisas do tipo:


estou a ler/na mesa de cabeceira ... (lista de seis ou sete livros)
acabei de ler/arrumados na estante.... (lista de mais seis ou sete livros)


e tudo autores clássicos.




a pergunta que se impõe é: para QUÊ???????????????????????????

e depois leio os blogs. e detesto aquilo tudo, o pretensiosismo latente em cada palavra, a verborreia medonhamente articulada, os termos e vocábulos "caros", no fundo uma grande SECA. porque é que há pessoas que pensam que escrever é escrever de forma "cara"? porque é que há pessoas que se julgam e auto-intitulam  "escritores"? a única pergunta que me apetece deixar nas caixas de comentários desta gente é 
"que idade tens?"
ou afirmar
"não deves mandar uma de jeito há muito tempo"

é que escritores como fitzgerald, sthendal, sartre e por aí fora numa lista interminável eu já li há muitos anos.

ou estou a ficar velha ou muito amarga. 









gato do dia

velha escola

ou a poesia do byhtebook versus àbrutaéqueébom

muda de botão,
desliga o fio,
muda de fio,
volta a trocar de fio,
volta a carregar no botão,
talvez o outro botão,
carrega nos botões todos,
desliga a box,
desliga o aparelho,
desliga tudo,
volta a ligar tudo,
liga a box,
liga a tv,

só se ouve, não se vê


e de repente
 trás!
pancada

e a televisão volta a funcionar.

8.11.10

the social network




adorei o filme. há muito tempo que não via um filme que me enchesse as medidas e gostei sinceramente deste the social network aka a rede social.

o tipo - mark zuckerberg - oscila entre o genial, cretino, brilhante, otário e traidor com uma pontinha de ingenuidade que só os rapazes naquela idade conseguem ser.

só sei que quando cheguei a casa fui logo à minha página de facebook.
"mark zuckerberg"."gosto". click!

E por falar em tv portuguesa...





para o que me havia de dar hoje. ainda acalento uma vã esperança que venha cá o michael moore fazer um documentário sobre este maravilhoso país que é portugal. ou não.

melhor momento de sempre da tv portuguesa











adoro A-DO-RO o ar dos concorrentes.

o herman é o maior, raios!

estou triste

eu não vejo muita tv nacional. à excepção de alguns noticiários, não vejo mesmo nada.
quanto ao programa ídolos, lembro-me de sempre ir ver os cromos ao youtube, nem sequer tinha paciência para ver aquilo em directo.

o ano passado calhou ver os cromos em directo e dar com uma pérola chamada filipe pinto. o puto tinha jeito e esteve quase a mandar o júri dar uma volta. ainda disse que o programa não lhe dizia nada. acabou por cantar betterman dos pearl jam. uma pérola, no meio dos azeiteiros, labregos e projectos de prostituta barata de berma de estrada que se vê naquele programa.

vi o programa todo desde esse dia. não falhei um único até ao fim.

penso mesmo que este é o segundo melhor momento de televisão que vi em toda a minha vida.





estava a ver que o puto ía partir aquela merda toda.

lin - do.


estou triste. este ano volto a não ver o ídolos. voltou à mesma treta.

gato do dia

nightmare before christmas

então vejamos:

- um dos meus melhores amigos morre com SIDA
- o meu namorado acaba comigo tipo besta e deixa-me a casa por pagar
- tenho de me pentear, maquilhar e vestir meia hora antes do casamento
(isto depois do gajo me deixar, portanto não sei com quem é que vou casar!)
- tudo me corre mal no trabalho e toda a gente me faz a vida negra
- a minha mãe não me conhece
- a minha irmã tem menos dez anos do que eu e não tem marido nem filhos
...
e acordo com uma das gatas em cima da cama a jogar as patas às minhas pernas, com aquelas garras que já deviam ter sido cortadas há semanas.


tenho mesmo de mudar de colchão.

6.11.10

gato do dia

bad, bad habit!



existe uma qualquer tendência nos casais para haver sempre um dos dois que é o mais "certinho": o que não fuma (ou fuma menos), que não bebe e que não toma drogas. ainda que diminuta, e ainda que os dois bebam e fumem à maluca, há sempre um que "puxa" o outro para o caminho errado e isso agora é bem visível desde que saíu a "lei do tabaco".
- vou fumar, queres vir?
- oh, mas a comida está quase a chegar...
- eu vou...
- olha... vou contigo...

normalmente, e se há uma das partes que não bebe nem fuma, a metade "certinha" (the better half) critica e chateia a outra metade (a ovelha negra).
- outro cigarro? (enquanto gesticula as mãos no ar, a afastar os temíveis rolos de fumo)
ou
- não achas que já chega de vinho??
ou
- outro vodka?
ou
- vais fumar um charro?!?

antigamente, eram as mulheres. hoje em dia, este tipo de comportamento é visível tanto em homens como em mulheres, mas ainda se nota. gosto de notar estes reparos femininos em casais amigos dos meus pais, ou até mesmo naqueles casais em que apenas tenho mais confiança com uma das partes - que normalmente é sempre o alcóolico/a ou o drogado/a.

já fui a "metade podre" da relação
- sim, é um charro, porquê?
e também já fui a "metade certinha"
- não achas que desmaiar entre o elevador e o corredor do prédio pode ter dado mau aspecto aos vizinhos? e terem-te achado nesse estado?

neste momento é confuso. deixei de fumar há dois anos depois de fumar durante anos. ele não fuma, mas também nunca criticou. nunca fez o papel de "certinho". talvez por isso eu tenha mesmo deixado de fumar. é mais fácil isso acontecer quando não há uma buzina a foder-nos os ouvidos a dizer-nos "não fumes!!" não deixei de beber e tenho algumas péssimas recordações de estar a vomitar para dentro de qualquer coisa. e ele também não criticou, ele que não bebe álcool. quer dizer, de vez em quando bebe um copo de tinto ou uma cerveja ou muitas piñas coladas e caipirinhas, licores. "que não bebia nada, o meu filho!!" garante a mãezinha dele. isso foi antes de me conhecer, claro.

lips that touch liquor can touch mine. definitely!

APELIDOS TERMINADOS EM -"ES":



"A EXPLICAÇÃO


O sufixo "-ES" no final dos apelidos provém de uma raiz hebraica
sefardita e tem a conotação de "Filho de..."
Assim é com apelidos como Álvares que significa "Filho de Álvaro";
Rodrigues, "Filho de Rodrigo"; Lopes, "Filho de Lopo", ou Fernandes
"Filho de Fernando".
Só existe uma única excepção gramatical para confirmar esta regra:
Sócrates, que significa"Filho da Puta"."




mail do dia.

5.11.10

gato do dia

conversa do dia

(a propósito de alguém que se vai casar...)

- opá, bem bom, eu agora casava-me outra vez para ter mais 15 dias de férias!
- olha, e porque não?
- já passei essa fase. agora se tiver alguém é cada um na sua casa e só nos vemos ao fim-de-semana...
- mas tens alguém agora?
- não!
- ... er...
- mas se arranjar algum gajo é cada um na sua casa!! eu agora não estou para aturar ninguém, já me casei e se me divorciei foi pra não aturar ninguém!... isto tem um nome... monogamia?... não....
- er... celibato?
- não pá!
- mas não tens ninguém...
- não é isso, é a cena de só nos juntarmos ao fim-de-semana! tem um nome!
- ah.... bem... olha, não sei...
- mas não é pra grandes correrias, é só mesmo para fazer cócegas!
(risos)

blogs de gajas

27.9.10

The last frontier

Depois de uma semana de cocó, eis que chegou sábado, esse dia espectacular em que tudo o que eu queria era pirar-me de casa para não me dar a melancolias e a balanços de vida.

Almoço com uns amigos e prolongamos a tarde na esplanada do CCB. Sigo para um tasco em Alcântara -melhor sangria de sempre!- e dali para o bairro. A procissão que vem depois é a do costume: Roterdão e Tokyo, com direito a mais um Oh Lord won't u buy me a mercedes benz na hora do fecho. A malta vai para casa procriar como manda o bom jesus e eu? Meto-me num táxi e É para o Op Art, se faxavor. Luzes por todo o lado, música à beira rio e 20 euros para entrar, porra. Charme ao porteiro Mesmo para senhoras com olhos azuis? *wink wink wink* Não resultou. Novo táxi e tenho os dois caramelos que estavam a pagar, a fazer-me uma serenata à porta Está livre, livreeeeeee para ti, só para tiiiiii. Gente que atrai chanfrados? That's me alright. Páro no Incógnito, sigo para o bar e fico ali sentada, sozinha, a beber um gin tónico. E só vos digo que é estupenda, a sensação de estar assim mesmo: sozinha. Sem engates manhosos, sem ter de fazer conversa forçada ou arranjar desculpas para sair mais cedo.
Perto das 7 da matina estou na praia a comer um hamburguer e aterro na cama mais do que orgulhosa de mim mesma. Houve aí um tempo em que duvidei do que era capaz, mas agora sei que consigo fazer tudo. Basta querer.



isto sim. é ter opinião. acima de tudo, ter uma vida. e atitude.



blogs de gajos II

QUINTA-FEIRA, 4 DE NOVEMBRO DE 2010


tem de se trocar o barril

Ando a comprar cerveja aos barris de 5L da sagres. Tive de tirar duas prateleiras do frigorífico para o conseguir encaixar. Aproveito aquilo até ao fim. Um barril dá-me para 2, 3 noites e quando acaba, aproveito a espuma para fazer a barba, dá para 2, 3 manhãs.



à macho.


o gajo mais cool do universo culinário II

vinho de cheiro?
codornizes comidas inteiras? com ossos e tudo?
os açores são como os states?
FUCK... enganaram o homem...
tinha de ser na ribeira grande... depois levam o homem a beber o gin do peter's e enfardar chouriço.

a única coisa capaz de calar o bourdain deve ter sido algum osso da codorniz entalado na garganta.

azores no seu melhor...

4.11.10

o gajo mais cool do universo culinário

"My whole life, cooking has been about control. Traveling and eating are about letting things happen."
Anthony Bourdain












blogs de gajos

nos últimos cinco anos li sobretudo blogs de gajas.
na minha lista de blogs que visito diariamente ainda na sua grande maioria, são de mulheres.
entenda-se que estes blogs que li/leio são blogs com muita poesia, música, fotografia. muito poucos são como o meu: de opinião. quase todos os blogs de gajas como o meu (de opinião) chateiam-me e irritam-me porque dizem todos o mesmo. invariavelmente falam de sapatos, das viagens que fizeram e de como são muito avenida da liberdade. portugal no ano 2010 é uma merda: as gajas parecem todas saídas do sexo e a cidade versão NYC 1998. e não há gaja que tenha um blog de opinião que não seja de lisboa.

quase todos os que falam de sexo são "muito à frente" mas tresandam a clichés e frases feitas e dizem tudo aquilo que uma gaja como deve ser (como eu) já sabe. pior: são sobretudo comentadas por gajos e se há coisa que farejo à légua são aqueles blogs que são comentados pelo sexo oposto. metem um bocado de nojo. está tudo ali a ser delicado e sedutor e muito "mocassim pele de piça de andorinha" a falar de vinhos caros...

ainda por cima, os meus blogs de gajas preferidos não são actualizados tantas vezes como eu gostaria.

por isso mesmo, vou passar a ler mais blogs de gajos.

3.11.10

pensamento do dia parte II

acusaram-me num blog para aí perdido, a propósito de se falar de coisas que fazem mais parte da minha vida real do que na vida virtual da senhora que escreveu o dito post, dona de tão ilustre blog que até já vendeu livros e o camandro, de destilar fel no comentário que fiz e para me preocupar mais com a minha vida (depois de lhe ter escrito que era uma pessoa feliz, que sempre fui uma pessoa feliz sem ter de me preocupar com este tipo de merdas). sim, o comentário era enorme, não tanto para argumentar ou provar o meu ponto de vista, mas acima de tudo, porque tinha muito para dizer sobre o assunto.
falava-se, portanto, de vida de gente casada vs vida de gente solteira.
a senhora com o máximo direito de escrever o que bem lhe aprouver pois está na sua casa, defendia que a vida de gente casada era uma coisa que lhe fazia alguma espécie, porque se por um lado era um sonho que gostava de ver realizado, dizia e defendia por a+b que ia ter de tomar banho todos os dias (sim, porque diz que algum desleixo é saudável) e ia poder deixar de se masturbar, perder o seu espaço, e que isso de se viver com alguém é o fim do romance e do mistério. escrito assim mesmo. perante tais factos, ripostei, qual cão que entra por porta alheia sem ser convidada, e dei ar da minha graça. falei-lhe das maravilhas da vida a dois e que não havia que temer, que o ser humano é um ser em constante mutação, que há que reinventar, que isto da felicidade não depende assim tanto das relações, o que interessa é estarmos bem connosco mesmos, que existe uma proliferação dos velhos clichés em detrimento de valores nobres, sentimentos bonitos como o amor, que ainda se confunde liberdade e espaço com vida de solteiro, etc etc etc. um monte de coisas bonitas de se dizer.

vá que a gaja me diz que destilei fel. e para me meter na minha vida. em duas linhas.

às vezes tenho saudades de ser a velha ana que manda logo f*****.

está bem que eu acho que aquilo são desculpas para justificar o estado civil e a frustração mal amanhada, mas acabei por dizer que ninguém devia sentir-se na obrigação de ter de dar satisfações a ninguém da sua vida. insinuei que aquilo provinha da velha mania de que toda a gente tem de ser casada e ter filhos senão não é pessoa normal. acho que foi isso que a ofendeu. fui com o dedo à ferida. mas nem foi de propósito. ou terá sido? hmmmm.......

pensamento do dia

eu sou mesmo muita estúpida. farto-me de escrever nos blogs dos outros. grandes teorias. enormes dissertações sobre temas interessantes. chego aqui e não sai nada.

muita estúpida.

2.11.10

momento zen do dia parte II



- professora, mas o halloween já passou!
- cala-te e escava!


momento zen do dia

-João, já acabaste a tua abóbora?
-Já pá!
-Tá muita gira, como é que fizeste isso?
-Fiz com muita fé!!! O meu pai diz que quando fazemos alguma coisa, temos de fazê-la com muita fé!

(putos de dez anos)

yo soy como portugal

está lindo. sério. fui descobrir esta pérola num blog aqui ao lado.
os portugueses gostam de falar mal do seu próprio país mas AHHHH se alguém de "fora" deste paraíso político OUSAR falar mal disto a que nos habituámos a chamar de país!!! "patifes bandidos piratas!!!"

eu acho que está mesmo lindo. não que os espanhóis sejam melhores que nós (só nos futebóis, vá, no terrorismo organizado, na movida e nas tapas), que não são, mas isto está lindo...


halloween reloaded

estou com uma insónia que não me aguento. melhor, aguento. sentada. quem me manda a mim ver filmes de terror(?) na véspera de um dia de trabalho?


estava a começar a dar isto e pensei why not? nunca tinha visto o filme e confesso que tinha certa curiosidade em vê-lo. no hollywood é sempre suspeito. mas consegui ver o filme até ao fim e gostei. não nutro particular apreço por aranhas mas não é dos animais que mais me repugne.

o francisco louçã enviou-me uma mensagem pelo facebook a dizer que aquela página não pode ter mais de 5000 amigos. o francisco louçã tem muitos amigos. já o sócrates não pode dizer o mesmo.

o que é que as aranhas e o francisco louçã têm a ver? nada, apeteceu-me. efeitos da adrenalina pós-halloween. e amanhã é dia de esculpir abóboras.